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segunda-feira, 23 de abril de 2012

PLURAL DE PALAVRAS COMPOSTAS


A formação do plural dos substantivos compostos depende da forma como são grafados, do tipo de palavras que formam o composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que são grafados ligadamente (sem hífen) Comportam-se como os substantivos simples: aguardente/aguardentes, girassol/girassóis, pontapé/pontapés...


Nesse sentido, para fazer o plural de uma palavra composta, é preciso antes verificar em que classe gramatical ela se encaixa. Basicamente, uma palavra composta pode ser um substantivo ou um adjetivo. No caso de "pombo-correio", por exemplo, temos um substantivo composto. Afinal, "pombo-correio" é nome de algo. Se é nome, é substantivo.


O segundo passo é verificar a classe gramatical de cada elemento formador da palavra composta. No caso de "pombo-correio", tanto "pombo" quanto "correio" são substantivos. Dizem as gramáticas que, quando o segundo substantivo indica idéia de semelhança ou finalidade em relação ao primeiro, há duas possibilidades de plural: variam os dois ou varia só o primeiro. "Pombo-correio" se encaixa nesse caso. Um pombo-correio nada mais é do que "variedade de pombo que se utiliza para levar comunicações e correspondência", como diz o próprio Aurélio. O segundo substantivo ("correio") indica finalidade em relação ao primeiro ("pombo"). Deduz-se, pois, que o plural de "pombo-correio" pode ser "pombos-correio" ou "pombos-correios".


Vejamos outros exemplos de substantivos compostos que se encaixam nesse caso: "carro-bomba", "homem-bomba", "público-alvo", "samba-enredo", "caminhão-tanque", "navio-escola", "couve-flor", "banana-maçã", "saia-balão" e tantos outros de estrutura semelhante (dois substantivos, com o segundo indicando semelhança ou finalidade em relação ao primeiro). Um carro-bomba, por exemplo, é um carro feito com a finalidade específica de explodir; assim como um homem-bomba é um indivíduo (normalmente um terrorista) que amarra explosivos em seu corpo com o mesmo fim. Um público-alvo é uma determinada parcela da população. Um samba-enredo é um samba feito para contar o enredo do desfile de uma escola. Uma couve-flor é uma couve semelhante a uma flor. A saia-balão é uma saia que lembra um balão. E por aí vai.


Sendo assim, o plural de cada um desses substantivos compostos apresenta-se desta maneira:


"carros-bomba" ou "carros-bombas", "homens-bomba" ou "homens-bombas", "públicos-alvo" ou "públicos-alvos", "sambas-enredo" ou "sambas-enredos", "caminhões-tanque" ou "caminhões-tanques", "navios-escola" ou "navios-escolas", "couves-flor" ou "couves-flores", "bananas-maçã" ou "bananas-maçãs", "saias-balão" ou "saias-balões".


Convém aproveitar a ocasião para lembrar que, quando o segundo substantivo não indica semelhança ou finalidade em relação ao primeiro, só há uma possibilidade de plural: flexionam-se os dois elementos. É o que ocorre com "cirurgião-dentista", "tio-avô", "tia-avó", "tenente-coronel", "bicho-papão", "rainha-mãe", "decreto-lei" e tantos outros. Vamos ao plural: "cirurgiões-dentistas" (ou "cirurgiães-dentistas"), "tios-avôs" (ou "tios-avós"), "tias-avós", "tenentes-coronéis", "bichos-papões", "rainhas-mães", "decretos-leis".


Vejamos agora o caso de "cavalo-marinho". Trata-se de substantivo composto formado por um substantivo ("cavalo") e um adjetivo ("marinho"). Aqui não há segredo: variam os dois elementos. O plural, então, só pode ser "cavalos-marinhos".


Esse princípio pode ser aplicado em relação a todos os substantivos compostos formados por duas palavras, das quais uma seja substantivo e a outra, um adjetivo ou numeral. Encaixam-se nesse caso muitas e muitas palavras. Veja algumas: obra-prima, primeira-dama, queixo-duro, primeiro-ministro, amor-perfeito, capitão-mor, cachorro-quente, boa-vida, curta-metragem, quarta-feira, sexta-feira, bóia-fria. O plural de todos esses compostos é feito com a flexão dos dois elementos: obras-primas, primeiras-damas, queixos-duros, primeiros-ministros, amores-perfeitos, capitães-mores, cachorros-quentes, boas-vidas, curtas-metragens, quartas-feiras, sextas-feiras, bóias-frias.